Tuesday 11 October 2011

Chover no molhado


Não sei, nem consigo perceber como se resolve o problema de Portugal. A sua divida, quer dizer. O discurso vigente caminha para cada vez mais cortes, aumento de impostos. Falta, parece-me, o discurso de como vamos sair disto. Sim, é verdade que estamos a tapar buracos num barco a afundar, mas mesmo que consigamos tapar todos os buracos temos ainda de pôr o barco a navegar e disso, infelizmente ninguém fala.

Como podem as empresas ser competitivas ou gerar valor para si e para o país se estão completamente asfixiadas com a carga fiscal que lhes é imposta? Como pode ser mais penalizador para uma empresa não pagar ao Estado os impostos do que não pagar às pessoas que dedicam o seu tempo a essa empresa, quando justamente o Estado faz o contrário, paga aos seus mas não aos seus fornecedores?

Penso que Portugal necessita de ser repensado para além dos inúmeros planos de austeridade que são diariamente apresentados aos portugueses. Penso igualmente que necessitamos de olhar para as empresas e perceber como é que elas podem ajudar o país sem se aniquilarem. Penso por fim que cada português deve olhar para si e pensar o que pode fazer pelo país. Mesmo aqueles cujos ordenados são muito baixos mas sobretudo aqueles que ganham ordenados mensais que sustentariam uma família de quatro durante um ano. 

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